É muito chato quando um time desponta no Brasileirão e ganha com muita antecedência. Foi o que aconteceu no ano passado, na Corrida dos Campeões e eu peço desculpas por isso.
Neste ano, decidi agir diferente. Resolvi jogar mal no início do ano, para dar mais chance aos amiguitos. Fiz um trato comigo mesmo que só começaria a jogar o meu verdadeiro jogo a partir do dia 23 de maio, em homenagem a Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, mortos em 1932.
Passou Janeiro e eu mexendo no celular. Fevereiro eu estava entregue. Em Março, joguei usando as regras do truco. Em Abril, nunca vi as minhas cartas antes de apostar. A incompetência dos demais é tão notória que, mesmo assim, eu ainda estava na liderança. Lipe era quem dava mais pinta de me ultrapassar, estando a apenas 3 pontos do topo.
Até que chegou o poker do dia 22 de maio.
Continuei displicente, soltinho, ilógico e desatento. Eram 22:00, fui perdendo fichas e vendo o Lipe construir um castelo imenso de verdinhas. Eram 23:00 quando fui eliminado e fiz uma second chance. Perdi mais um pouquinho, até que bateu a meia-noite. Dia 23 de maio. Bom, se não tinham me eliminado até então, agora seria tarde demais.
Mac dá all in chucro com K9. Pago com AK. Tchau Mac.
Bruno dá all in chucro com KK. Pago com AJ. Tchau Bruno.
Joes dá all in chucro com 83. Pago com A5. Tchau Joes.
Arthur dá all in chucro com J9. Pago com A5. Tchau Arthur.
Lipe dá all in chucro com K7. Pago com AQ. Tchau Lipe.
Pronto.
E lá vem maaaaais uma temporada monótona.
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