O ótimo palco do U2

Sábado fui ao Morumbi, ver os irlandeses politizados do U2.

Infraestrutura
Chegar ao estádio em dia de show é trágico. Ainda mais em um show em que cabem mais espectadores do que normalmente, por causa do tal palco de 360 graus. Filas enormes, os malandros de sempre furando fila. As catracas foram eficientes e as revistas educadas.

Antes do show começar, mostras de que o Juvenal Juvêncio vai ter que fazer alguma coisa sobre os banheiros, se quiser ter uma Copa que seja, nem ótima, mas pelo menos digna. Fui ao banheiro masculino às 18:50. O show só começava às 21:30, então ainda era cedo, havia pouca gente no estádio. Mesmo assim, o banheiro estava sucateado. Ao mesmo tempo, minha esposa foi ao banheiro feminino. Enquanto ela ficou na fila, eu fui ao banheiro, entrei na fila do bar, comprei uma cerveja, tomei toda a cerveja, fui ao banheiro de novo, encontrei um chileno muito bêbado e ainda comprei outra cerveja. E ela na fila.

A fila das mulheres era tamanha que elas fizeram uma rebelião e tomaram um dos banheiros reservados para os homens, para elas. Melhorou um pouco e acho que nem um homem percebeu o ocorrido.

O show
O palco é algo incrível. É ter certeza de que se está presenciando o state of the art da produção musical. Ninguém faz melhor. Nem perto. Estrutura física, efeitos de imagem, edições, câmeras. Consigo só comparar com o show do Michael Jackson de 1993, e, claro, o do próprio U2, em 2006, ambos no Morumbi.

Entretanto, o show do 2006, além do palco incrível, tinha 4 caras bem empolgados. No de 2011, só restou o palco. Me pareceu que os músicos estavam no modo automático. As músicas que se repetiram em relação ao show anterior não tiveram tanto impacto como a cinco anos. Me lembro de me arrepiar com Elevation. Me lembro de que o início de Where The Streets Have No Name parecia um gol do Brasil em Copa do Mundo.

Ainda, as músicas do último álbum No Line On The Horizon não são tão empolgantes como as de How To Dismantle An Atomic Bomb.

Tenho certeza que vi o que há de melhor em produção neste planeta, mas não me arrepiou.