Mais um post de não-futebol, para a alegria de nosso colega Apicultor. MaisTudo começa a duas semanas atrás, quando surge aquela pergunta: "E aí, vai casar ou comprar uma bicicleta?". Parei, pensei, pensei, parei e decidi: vou comprar uma bicicleta. Falando com um conhecido do meu irmão, tinha uma magrela no esquema. Nada melhor do que estrear uma bike de estrada, numa estrada. Então no domingo de Carnaval decidimos, eu e o primogênito do meu pai, ir para a Rod. Carvalho Pinto. CARVALHO. Paramos o caro num posto BR da rodovia, porque é um lugar movimentado e sempre tem polícia rodoviária por perto. Saindo do posto, lá estava o guarda rodoviário. Uns 500 metros à frente do guarda, paramos porque uma das bikes tava fazendo barulho. Quando a gente voltou a pedalar, vimos 3 sujeitos descendo o morro ao lado. Aumentamos a velocidade, só por precaução. Quando estávamos passando perto deles, um dos sujeitos saca uma arma debaixo da camisa e fala alguma coisa que não tenho a menor idéia do que foi, porque a essa altura a gente tava a mais de 40km/h, minha adrenalina a mais de 300m/s e boto fé que ele não queria saber as horas. Pelos próximos 50km e 2 horas eu fiquei com meu toba na mão. Logo depois de uns 3km, falei pro meu irmão: "Liga no telefone da rodovia, avisa que os caras tão lá". Explicamos a situação, que tínhamos acabado de passar por um guarda e que quase tínhamos sido abordados. Então, o gênio, ou gênia, deu a seguinte sugestão: "Volta lá, e avisa o guarda". Claro! Que ótima idéia! Resolvemos ignorar a sugestão, porque ela era idiota e além do mais, um picape, dessas da empresa da rodovia que ficam rodando por aí, estava passando por nós e conseguimos pará-la. Contamos a situação pro moço, e apesar dele não ter dado a mesma sugestão do gênio/a do telefone, não foi muito animador: "É, é assim mesmo. Vocês disseram que tinham passado por um guarda, não foi? Pois é, se adiantar o guarda, eles assaltam mais pra trás, se colocar ele mais pra trás, assaltam mais pra frente". Mais puto ainda, seguimos estrada a frente, afinal, os caras não eram policiais, eram apenas os funcionários da rodovia. Um pouco mais pra frente, encontramos outra viatura da polícia rodoviária. Repete-se a história, e se repete a explicação do atraso/adianto de viaturas, dessa vez pelo policial. Idéias passam pela minha cabeça, afinal, a polícia não pode/não quer ajudar e ainda temos a volta. Durante a volta, mais um evento: um pneu furado. Enquanto era tracado, eu parecia um suricate procurando pela águia. Além disso, a volta correu bem e conseguimos chegar bem até o carro e até em casa.
Agora eu pergunto, e se alguém puder me ajudar, ficarei grato: de quem é a culpa?
1) Minha, por eu querer ter um bicicleta legal, me sentir em liberdade e em contato com a natureza e pedalar na estrada com meu irmão?
2) Da estrada, que apesar dos altos pedágios, não tá nem aí pros contribuintes?
3) Dos brothers, que só quiseram uma bike nova/dinheiro pra comida/dinheiro pra droga/só por filhadaputagemmesmo?
4) Do polícia, que parecia que olhava pra gente com cara de: Meu, sai daqui, deixa eu ficar ganhando uns troco aqui com o povo que tá indo viajar pra praia.
5) Da polícia, que ganha um salário ridículo e que não é organizada como o crime e quando pode fazer alguma coisa de útil e proteger cidadãos, entra os caras dos direitos humanos e fode tudo.
6) Ou Nosso, onde grande parte da população de São Paulo, e me permito extrapolar pra todo Brasil, não se lembra em quem votou na última eleição para vereador.
Gostaria de pedir desculpas pra quem achou esse post inútil e um saco, mas eu tava puto, queria dividir isso com os meus amigos e só consegui escrever isso agora.
PS: o que me deixa mais puto, é que eu vou continuar andando de bike por aí...
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Um comentário:
Rapaz... isso é bem absurdo. Fiquei puto por vc.. de verdade.
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